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Um dia no Jardim de Infância

O INÍCIO DA TARDE EM NOSSO JARDIM

É outono, as tardes começam quentes. Às 13h30 chegam os pequenos do período da tarde. Cheios de novidade para contar, ou um pouco tímidos, são recebidos pelos educadores e, assim como as crianças da manhã, tiram seus sapatinhos, guardam suas mochilas e correm para ver o que os outros educadores estão fazendo.

Durante a entrada, as crianças costumam caminhar pelos espaços da casa, à procura do que fazer.

Alguns tem necessidade de ficar a sós, lendo um livro ou simplesmente contemplando a janela – os adultos acolhem este momento com a lentidão que necessita: sem a pressão do “ter que fazer” alguma coisa, apenas esperam que a criança sintonize com o espaço e encontre seu lugar de brincar. .
Se desejarem, podem auxiliar no feitio do lanche da tarde, no preparo do pão, brincar na garagem de dentro ou participar de alguma manualidade, como enfeites para a festa da páscoa – pintura dos “ovinhos soprados”. O sol é forte lá fora, e as brincadeiras se concentram no interior da casa.

Logo chega a hora do lanche e todos são convidados a lavar as mãos e se sentar. Cantam a cantiga de gratidão e saboreiam frutas diversas, pães caseiros, ou bolachinhas/bolos, etc… tudo feito aqui – pelos educadores e pelas crianças.

Terminado o lanche, cada um recolhe seu prato e sua xícara e começam a se encaminhar para o quintal. Lá fora, as brincadeiras geralmente são de muito movimento, de vivência com a terra, a areia, os animais (galinhas, porquinhos da índia)… Neste momento, as crianças alternam brincadeiras CONCENTRADAS – de casinha, com panelinhas, buscando tesouros escondidos na terra, grama, flores – com outras brincadeiras de AMPLO MOVIMENTO, percorrendo o espaço conquistando o equilíbrio do corpo, ora caindo, ora levantando, subindo no pé de fruta… .
Enquanto brincam, as crianças tem oportunidade de perceber a vida através das mãos dos educadores que alimentam os animais, que cultivam a terra, que mantém a limpeza e manutenção do local. Não é difícil escutarmos das crianças: “o que você tá fazendo?” indagando o adulto que trabalha, que constrói. E não é raro ver as crianças interessando-se por estes afazeres, às vezes observando, noutras fazendo junto.

A tarde cai e é hora de entrar. Assim que todos se acomodam no interior da casa, são realizadas as trocas de roupa e a organização do espaço. Uma música ecoa dizendo “um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar” e, para as crianças, este é o anúncio do fim do dia.

E o dia termina com uma linda história, ou com algumas canções, ambas VIVAS por serem pronunciadas “ao vivo” e não por aparelhos eletrônicos. Um conto contado, uma “história de boca”, como eles mesmos dizem. Neste momento as crianças embarcam no mundo das metáforas e encontram reis, rainhas, ogros, lobos, bruxas e tomam contato com as mais amadas histórias clássicas. Alimentadas pelo imaginário infantil – tão necessário para sua formação – agora elas estão prontas para reencontrar seus pais, e cheias de histórias para contar!